No dia 13 de junho, os videntes não estavam sós. A notícia da aparição se espalhara e mais 50 pessoas haviam comparecido ao local. Jacinta não conseguira manter o segrêdo que haviam combinado.
Depois de rezarem o terço, os três pastorinhos viram o reflexo de luz e a Santíssima Virgem novamente apareceu e lhes disse:
− Quero que venhais aqui no dia 13 do mês que vem e que continueis a rezar o terço todos os dias…
Lúcia, confiante, suplicou então:
− Queria pedir-lhe para nos levar para o Céu.
− Sim, a Jacinta e o Francisco levo-os em breve. Mas tu ficas cá mais algum tempo. Jesus quer servir-se de ti para Me fazer conhecer e amar. Ele quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração. A quem a abraçar, prometo a salvação, e serão queridas de Deus estas almas como flores postas por Mim a adornar o seu trono.
− Fico cá sozinha?
− Não, filha. E tu sofres muito por isso? Não desanimes. Eu nunca te deixarei. O meu Imaculado Coração será o teu refúgio e o caminho que te conduzirá até Deus.
Ao pronunciar as últimas palavras, Nossa Senhora abriu as mãos e os pastorinhos viram-se como que submergidos em Deus. À frente da mão direita da Santíssima Virgem havia um coração cercado de espinhos. Assim explica Lúcia: Compreendemos que era o Imaculado Coração de Maria, ultrajado pelos pecados da humanidade, que queria reparação.