Somos Filhos de Maria

E o Papa São Pio X,  afirma: “Pode-se dizer que Maria, levando Jesus em suas entranhas, levava também todos aqueles cuja vida o Salvador trazia. (…) É por isso que somos chamados num sentido espiritual e místico, filhos de Maria.” (Pio X, Ad Diem Illum, Encíclica de  fevereiro de 1904).

Estando certa noite em oração, Santa Brígida viu um disco resplandecente como o sol, de onde saiu uma voz que lhe disse:

“Eu sou a Mãe de Deus, porque Ele assim o quis. Sou também a Mãe de todos aqueles que gozam das alegrias supereminentes do Céu. Quando os filhos têm tudo o que desejam, ficam felizes; contudo, sua alegria aumenta, seu contentamento é perfeito quando vêem a graciosa e radiante face de sua mãe. Do mesmo modo, apraz a Deus dar a todos, no céu, um aumento de felicidade pela vista de minha beleza, a pureza e o brilho de minhas virtudes, embora eles recebam já, em grau incomensurável, toda espécie de bens da onipotência divina.

“Sou, igualmente, a Mãe de todos os que estão no Purgatório, pois as penas que eles sofrem pelos pecados são, de certa maneira, mitigadas e aliviadas pelo efeito de minhas preces. Deus o quis assim, temperando com sua misericórdia os rigores de sua justiça.

“Sou a Mãe de todos os justos que estão no mundo, pois meu Filho os amou de uma perfeita dileção. E como a mão materna está sempre disposta a se opor aos golpes e aos perigos que ameaçam seus filhos, assim estou continuamente pronta a defender os justos que vivem sobre a Terra e a preservá-los de toda sorte de mal.

“Sou também a Mãe de todos os pecadores que desejam se emendar e não mais ofender a Deus. A estes deliberei tomar sob minha custódia e proteção. Quando uma devotada e terna mãe vê seus queridos filhos, indefesos, serem assaltados por inimigos de espada em punho, ela os defende generosamente, abrigando-os em seu seio. Assim faço Eu e o farei por todos os pecadores que pedem instantemente perdão a meu Filho, e recorrem à sua misericórdia com sincera contrição e verdadeiro amor de Deus.” (Santa Brígida, Revelações, l. IV, c. 108; apud Texier, Les Paroles de la Sainte Vierge, t. II, pp. 137-138.)

Diz o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira: “Afirmam os teólogos que, no alto da Cruz, Nosso Senhor, Profeta perfeito,  conhecia todos os pecados de todos os homens, pelos quais Ele estava derramando seu preciosíssimo Sangue. Ele sofria com a antevisão das injúrias que Lhe seriam feitas até o fim do mundo, ao mesmo tempo em que oferecia sua vida por esses mesmos pecadores, para lhes alcançar a graça da conversão e da bem-aventurança eterna.

“Ora, junto à Cruz estava Nossa Senhora, co-redentora do gênero humano, participando dos sofrimentos de seu Divino Filho. E para que sua compaixão fosse completa, Ela também considerou a causa de todas aquelas dores, ou seja, os pecados dos homens, e já então começou a interceder pela humanidade culpada.

“Assim, enquanto o Verbo de Deus, pregado ao Madeiro, discernia a espantosa quantidade de pecados cometidos pelos homens ao longo dos séculos, Nossa Senhora Lhe pedia o perdão para cada um deles. Porque Ela, sendo imaculada e inocente, merecia a indulgência da qual não somos dignos.

“Eis a missão de Maria Santíssima como nossa Mãe e nossa Advogada. Mãe do Homem-Deus, Ela foi Mãe de todos aqueles que nasceram para a graça de Nosso Senhor Jesus Cristo. Mãe do Redentor, Ela se tornou Mãe dos pecadores. E Ela desempenhou, assim, um papel que, de certo modo, o próprio Deus não poderia exercer. Ele é o Eterno Juiz que deve punir os que O injuriam. Nossa Senhora, porém, é Mãe, e às mães não cabe a tarefa de julgar, mas a de interceder. Elas são as naturais advogadas dos filhos, e estão solidárias com estes, até quando o pai os increpa a justo título.

“Assim, por mais miserável, imundo e repelente que seja o filho pecador, a Mãe de misericórdia o perdoa e roga por ele ao Senhor, aplacando a justiça divina.

“Advogada supremamente boa, Nossa Senhora, em favor de cada um dos pecadores que a Ela recorre, dirige a Jesus Cristo esta súplica:

«Meu Deus e meu Filho, pelo vosso dolorosíssimo sofrimento no Calvário, pela minha Imaculada Conceição, pela minha perpétua virgindade, pelo amor que Vós sabeis que Vos tenho, peço-Vos: perdoai-o!»

“Essa contínua e ilimitada  intercessão de Maria pelos homens é, sem dúvida, o meio mais seguro que temos para alcançar o perdão divino” . (Plinio Corrêa de Oliveira, conferência 07/02/1971)

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